segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CANDIDATURA DE POESIA - ( O POEMA DA SEMANA2012/12/31) Do livro:(a editar) " DA RÚSTICA MUSA, QUE PASSA"

CANDIDATURA DE POESIA


Não implica ter curso ou um diploma
E nem sequer submete a ter-se “panca”;
P’ra ter-se p’rà poesia a “carta-branca
Convém sentir-lhe amor - como sintoma

– E p’ra com ela haver lidação franca
Basta apenas usar, pátrio idioma. –

Porém por vezes dela o despontar,
Não a garante sempre – um vaticínio;
E do poeta, ascensão ou declínio
Irá de como o “véu” lhe levantar…

– E então, conseguir-lhe-á tanto domínio,
Como anos de empirismo desfrutar! –


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

VOLÚPIA TERREAL ( ENTRE QUARTA E QUINTA- 2012/12/26) do livro: (a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"


VOLÚPIA TERREAL


Bem calçada e de corpo bem vestido,
Cada perfume em uso, bem dileto;
Vibrar perante o vento – se indiscreto –
Sobre o cabelo meu, forte e comprido!

As pálpebras pintar, de azul garrido
E a boca, de um carmim, bem inquieto;
Dar às unhas, o mais cuidado aspeto
Ante uns dedos, com ouro refulgido!

E lá fomento no ego, um festival 
 - Jus a prestar à vida, essa homenagem
E com consciencialismo, assaz conciso:
                             
Da certeza de um prazo terreal
Co’o importe de minha auto engrenagem
De interina assim, neste paraíso!





segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A UM (MEU) RETRATO DE INFÂNCIA - ( O POEMA DA SEMANA- 2012/12/24) do livro: ( a editar) "VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"

A UM (MEU) RETRATO DE INFÂNCIA


Olhando-te oh inocente criatura
Com teu aberto sorriso de encantar
Penso: conheceria, já o sonhar?
Talvez; mas sonhos de singela ventura
Seriam: serenas canções de embalar
Bonecas e brinquedos para brincar!
Com os anos, o sonho se transfigura...
E às vezes em sobressaltado acordar...
Ah sonhos de menina, anais de encantar
Que fostes bem meus sois de pouca dura!




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

APRAZIMENTO ( ENTRE QUARTA E QUINTA- 2012/12/19) Do livro: ( a editar) " VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"

APRAZIMENTO


Gosto de pôr os pés em solo firme
Para nos meus senões, causar quebranto;
Banindo algum do próprio desencanto
E contra mais senões, bem prevenir-me

Com meus botões falar, ou mesmo rir-me
Porque isso me relaxa – eu o garanto;
P’ra além de facultar-me avanços de anto
E melhor expressar-me ou reprimir-me.

Trato do meu castelo de ilusões,
– P’ra que não o derrubem frustraçes –
E a bel sonho o enfeito dia a dia;

Pugno para que esteja imune ao vento;
Porque ser-me um importante monumento!
Minha forte razão, de amar poesia!



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

PRAZERES SIMPLES ( O POEMA DA SEMANA- 2012/12/17) do livro: (a editar) " ENTRE O ANTO E O ACANTO"

PRAZERES SIMPLES


Envolta em fino véu, feito altivez
Lá sigo eu – a vagares, sempre esquiva;
Dando à vida, um sorriso, feito “VIVA!”
E ensimesmada às vezes em porquês...

Mas achando o respeito e polidez
Como coisas isentas de ter IVA,
Logo, não choro o gasto de saliva,
Quanto a muitos saudar - e em tom cortês.

E lá sigo ao café, sito no centro
Onde leio o jornal e me concentro
Nas palavras (então ditas) cruzadas;

P’ra além do pingo a toma, e entrementes
Chegarem conhecidos ou parentes
Permutando-se novas e risadas!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

CANSAÇO ( ENTRE QUARTA E QUINTA -2012/12/12) do livro: (a editar) "VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"


CANSAÇO


Descansar, eu preciso descansar,
Por uns tempos ficar a tudo, alheia;
Não pensar, nem no almoço, nem na ceia,
E as restantes labutas, prorrogar !...

Os sombrios pensares, expulsar…
Crer como “quanto baste”, uma mão-cheia;
Enterrar as quimeras entre areia,
Permitir-me a “morrer” p’ra me inovar!

Mas não… inventarei a fortaleza,
Procurando remar, contra a maré,
Em nau assim, de velas p’riclitantes;

Que a nossa maior prova de esperteza,
Não consiste em apenas ter-se fé,
Mas usá-la, nos mais certos instantes.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

DIVAGA OH ALMA MINHA, NA MIRAGEM (O POMA DA SEMANA 2012/12/10) do livro: (a eitar) "PROPENSÕES MUSAIS"

          
      DIVAGA OH ALMA MINHA, NA MIRAGEM


            Divaga oh alma minha, na miragem,
            Abandona-te dolente à intuição
            Faz-te mais arbitrária na regragem
            E a Platão reduz tua vassalagem 
            Crendo-a de inibidora condição…

             – Que a vida é uma muito breve viagem
            Com curvas e com lombas de ilusão,
             Sem quase p’ra pensar, haver paragem… –

            Porém contorna porém a lei das dif’renças
            E torna o entediante, apetecível;
            Evita entrar co’a mente em desavenças
            E da razão nem sempre te convenças
            Vendo no virtual, algo exequível… 

     Que o factor tempo irá reciclar crenças,
    E nelas o empirismo apura o nível 
     Tratando mesmo, as tidas por doenças...


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

INSPIRADOR PALPITE - ( ENTRE QUARTA E QUINTA 2012/12/05) Do livro: ( a editar) "DA RÚSTICA MUSA, QUE PASSA"

INSPIRADOR PALPITE


Sempre que tema forte, estro me agite,
Lá me anda a mente à caça de palpite;
E até porque de assim uma querença
Jamais alguém precisa ter licença;

– Por isso, nada há mais que me espevite
Que é dar-me a este tipo de doença,
Paixão ou saciar de um apetite… –

Se enxurrada de asneiras, não disparo
Mas pequenos descuidos – que reparo;
Só meu subconsciente – unicamente,
É que me ajuda – pronta e francamente!

– Nada dando demais, nem sendo avaro
Nem mesmo exacerbado intransigente
E nem sequer fazendo-se de caro! –



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

ALMA BRAVA E AVENTUREIRA - (O POEMA DA SEMANA 2012/12/03) do livro: (a editar) " VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"


ALMA BRAVA E AVENTUREIRA


Não há força que minha pena empene
E apenas da minha alma, é uma escrava
Versejando a saudável higiene
As concernentes rimas – que alinhava.

Que não me saia da alma o musal gene
E que ela se mantenha firme e brava
Quer ante um ledo nume ou mais solene.

E se negue a criar versos a-eito
Ou a imitar um “cisne” da boémia;
Mas pugne p´lo rimar de são conceito
Banindo o palavrão mais a blasfémia.

Brava e aventureira alma – com efeito –
Que permaneça ao fútil, sempre abstémia,
Sonhar a própria glória, é-lhe um direito!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ESP’RANÇA- (ENTRE QUARTA E QUINTA -2012/11/28) Do livro: (a editar)" VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"

ESP'RANÇA


Quando nos vendavais de meu tormento,
Tu dás a meu rumo, outra direção,
Trazes-me sempre algum contentamento,
Acresces-me à paz do ego e da razão!

Teu verde prado, é dele o alimento,
E o silencioso amigo, mesmo à mão;
E que na mó-de-baixo – em desalento,
O incita a ganhar força de vulcão!

Chegares pequenina, pouco importa
Importa, é que promovas a bonança,
Para na mó-de-cima, abrir-te a porta;

Que cresces, e meu ego então avança,
– Todo o desanimar, logo lhe aborta –
E ao certo a ti devido, doce esp’rança!


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

VENDO CHEGAR-ME AO lONGE UMA ALEGRIA - (O POEMA DA SEMANA- 2012/11/26) Do livro : ( a editar) " VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"

VENDO CHEGAR-ME AO LONGE UMA ALEGRIA


Vendo chegar-me ao longe uma alegria
Eu vibro e até mim, conto-lhe seus passos;
Solto até gargalhadas, feitas aços
Ou canto, como leda cotovia!

Faço-lhe até louvores, de honraria
E colo de minha alma os estilhaços;
Ah quando de alegria vejo uns traços
Dá-me mais pena, a morte um certo dia…

Mas só que dela aspiro, mais ventura
A de em meu coração, bela moldura
Porque a da solidão, fá-lo cismado;

E se uma dita assim lhe acontecer
Redobrará por certo o seu prazer
De na alegria, o meu abraço dado!


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

REALIDADE – FANTASIA- ( ENTRE QUARTA E QUINTA - 2012/11/21) do livro: ( a editar)" ENTRE O ANTO E O ACANTO"


REALIDADE - FANTASIA


Minha maior valia de critério,
É distinguir um reino de um império;
E de só sonhar em tempo conforme,
Porque quem muito sonha, muito dorme…

(E ao sonhar meu ­– de algum ténue mistério–
Acresço grande fé e ânimo enorme,
P’ra jamais vacilar em campo sério!)

Sendo o real, padrão de grão vantagem,
Não creio a fantasia, só miragem;
Mas de apagadas coisas, uns relances
De intrínseca abrangência de nuances.

(São as tais excepções, de airosa imagem,
Com o perspetivar de uso de lances,
Então na permissiva percentagem!)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

PATAMARES DE ABSORÇÃO- (O POEMA DA SEMANA -2012/11/19) do livro: ( a editar)" VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"


PATAMARES DE ABSORÇÃO


Mais um "lance de escadas", vou subindo,
Ficando absorta, em cada “patamar”;
E se a mente me diz para “parar”…
O coração jamais o consentindo

Rendida a ele, lá vou prosseguindo,
De degrau em degrau, com calmo esgar;
(Que quem em si mantém esperançar,
Deve mesmo um sorriso ir exibindo…)

Não creio que um destino está traçado,
– P’ra fruir-se este cosmos “emprestado” –
Mas só a nós, devemos o erguer taça;

Convindo que se sonhe com vigor,
Pois fazê-lo, já é compensador
Que se a vida é“pião”, sonho é ” baraça”


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

ENTRE A LOUSA E A TERRA - ( ENTRE QUARTA E QUINTA-2012/11/14) Do livro ( a editar) " DEAMBULANDO POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"


 ENTRE A LOUSA E A TERRA


Ao constar nosso nome em fria lousa
Criaturas, já não seremos mais
Mas pior que insensíveis minerais
Porque apodreceremos  – dando em coisa...

É que a vida termina, e ninguém ousa
Desafiar a lei, feita aos mortais;
Converte-se a matéria morta, em sais
Nesse próprio local, onde repousa.

Massa grossa, do sal mais repelente
De choupos e ciprestes, vitamina,
De vermes e toupeiras, nutriente;

E será que nossa alma, p’ra o Céu, voa?
Ou morre também, grande ou pequenina?
Se é coisa de quem já não é pessoa?!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

VOLVENDO O OLHAR, PARA O CEMITÉRIO - ( O POEMA DA SEMANA -2012/11/12) do livro: ( a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"


   VOLVENDO O OLHAR PARA O CEMITÉRIO

Quando cada um – frio e indif’rente
Descer àquela terra prometida…
É que terá em pleno, garantida
A sua certidão de independente.

Na urna, toda sua, tão-soment
Não mais lamentará marasmo ou lida
Jamais alguém levá-lo- à de vencida
Nem mesmo aplicar-lhe-á, freio ou corrente 

E cada próprio sonho, não cumprido
Mais arcano segredo, em si mantido  
Tudo isso azo perdeu a ser produto;

E deixá-lo – já nada importará_
Nada de bom ou mau, alterará
De um esqueleto, o tétrico estatuto.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

PLANO RECICLATIVO, DE CONCEITOS - (ENTRE A QUARTA E A QUINTA- 2012/11/07) do livro: (a editar) "DA RÚSTICA MUSA, QUE PASSA"

               

 PLANO RECICLATIVO DE CONCEITOS

Por vezes tentação, tipo selvagem
Sobre a alma perpassa, bem resvés,  
Incentivando a pôr normas à margem…

O equivalente a dar-lhes “com os pés”;
Podendo tentação de tal coerência
Pôr egos oscilando entre marés…
II
Mercê disso, é de enorme e jus premência
Pôr-se o "ontem e o hoje", na balança,
P'ra julgar com consisa e sã prudência...

E olhar à importância da mudança
A par de um reciclar abonativo
P'ra normas e atitudes em usança.

Dar-lhes barrela e córa, de atrativo
Numa serena paz, em vez de alarde
E tendo em atenção o usar do crivo...
III
Logo, se um salutar conceito "encarde"
Havendo de "barrela ou cora", urgência
Faça-se pois mais cedo do que tarde.

Se o caso for de mais grave tendência  
Será então do crivo, tal missão
Separando a que é má, da boa essência.

À reciclagem sim, descuido não.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CORAÇÃO EM FERIDA - (O POEMA DA SEMANA - 2012/11/05) Do livro: ( a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"


CORAÇÃO EM FERIDA


 
Factos duma gravosa ressonância
Que exalem nostalgia e ceticismo,
Darão versos de um ânimo em abismo;
Lavras de sorumbática elegância…

Logo, as reproduções em dissonância
De meia cobardia e meio heroísmo...
Não podem pôr em resmas, são lirismo
Porém afetações em rutilância.

De autor, que faz da obra, subterfúgio
Perante um tédio ou dor de azucrinar
Sendo a própria poética um refúgio;

E até o “levanta” em morremorrer,
Ou de uma fúria tal, que o faz achar
Enorme o sacrifício de viver…

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

FLORES EM ANGÚSTIA - ( ENTRE QUARTA E QUINTA- 2012/10/31) Do livro: ( a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"



FLORES EM ANGÚSTIA


 
Muita história de amor, que chega ao fim,
É sem que um dia o par, tal calculasse
Porém antes em pleno acreditasse
Num porvir, em constante grão festim!

Por tal, crendo existência, um bel jardim
P’la grata cupidez que ele exalasse
Em que a bela violeta então cruzasse
Seu nardo co’o do cravo ou do jasmim.

Pobre desse jardim, feito em triste horto
Com as “flores” sangrando pelo chão
E de rastos, um sonho… quase morto;

Levando à recessão de situação,
E havendo até quem regue, a choro absorto
As flores duma triste solidão…

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

LIRA RASTEJANTE - ( O POEMA DA SEMANA- 2012/10/29) Do livro: (a editar) "DEAMBULANDO POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"

LIRA RASTEJANTE


 Mesmo que até nem seja egocentrista
Por certo que tem mais gosto em viver
A feliz criastura que se crer,
Convicta de um real amor, em crista.

E passa a inocente narcisista
Mirando embevecida o malmequer;
Porém pode acabar por padecer
A deceção que crê de mais malquista.

É quando da união recolhe o saldo
E lhe vê a rutura, por rescaldo
Arguindo essa união, que então falira;

E um fim assim, provoca mágoa tal
Que até tem sido mesmo a principal
Razão do rastejar de muita lira!...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

NAUFRÁGIO ANTE VERDES ALGAS - ( ENTRE QUARTA E QUINTA - 2012/10/24) do livro: ( a editar)"ENTRE O ANTO E O ACANTO"

                                     
NAUFRÁGIO ANTE VERDES ALGAS


Gente há, que após tristeza superar
E navegar em mar de gozo brando
Vislumbra um vendaval recomeçando,
Incorrendo outro igual risco, no mar...

Logo, se em desespero se agarrar
A "verdes alga" - facto formidanso -
No visco escorregando e em tombo dando
Tem novo naufrágio, em perspetivar...

Mas ganham-se marés vezes sem conta
Perante rubicões de vária monta
E mesmo sem farol, rumo á bonança;

Sem tábuas a boiar, p'ra salvação,
Apenas um remar de embarcação
Perante um mar, sem fundo e temperança.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

COISAS QUE SE DIZEM E OUVEM - ( O POEMA DA SEMANA -2012/10/22) Do livro: ( a editar) "DEAMBULANDO POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"

COISAS QUE SE DIZEM E OUVEM

 
Quantas vezes se diz e ouve dizer
Quem bem cuidar de um filho, é um dever
Amparar na velhice, os nossos pais
E bem tratar os nossos animais?

( E se alguém, isso faz de obrigação
Alguém faz por talvezmelhor razão)

E as vezes que a gente ouve e fazouvir
Que é dever, à missa aos domingos ir,
Todos os maus pensares, explsar,
Não trair, não roubar e não matar?

( E se uns o fazem, crendo ser dever
Outros, algo melhor, leva a fazer)

Respeitar e animar, perante a dor
E só o bem fazer, por ser dever,
É nobre ae dá-nos a paz de consciência;

Mas fazê-lo somente por amor
( Além dessa paz) faz-nos perceber,
Que mais-valia tem, nossa existência!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

NEM OITO,NEM OITENTA - ( ENTRE QUARTA E QUINTA- 2012/10/17) Do livro: (a editar) "DA RÚSTICA MUSA, QUE PASSA"

NEM OITO, NEM OITENTA

Retira qualidade á vida a-dois,
Tudo a sentir - asinha então sentido
Tudo a saber - asnha então sabido,
É a sofreguidão; que vem depois?

Cada qual tem os seus historiais
Uns confessáveis e outros sigilosos;
Por plácidos lugares e escabosos
Com momentos formais e informais.

E ante um desabafo a desfraldar
Que não se faça a oito ne, oitenta;
Bem melhor é ficar pelos quarenta,
Já que há o amor-próprio a preservar.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

DA CELEUMA À CONSONÂNCIA - ( O POE MA DA SEMANA- 2012/10/15) do livro: (a editar)" DEAMBULANDO POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"



DA CELEUMA À CONSONÂNCIA


             Quando opínios de vária conjetura
Transformam a celeuma, numa aposta,
Por vezes para a ordem ser reposta,
Há de Argel algazarra e muita agrara...

Se na fé de acalmar a barafunda,
Um "boa -paz" exorta o alarido...
No caso de acabar por ser ouvido,
Não é à prima teima, nem segunda...

E criatura assim que não vacila
Puganando por um polo mais ordeiro,
Chaga a par'cer por vezes um oleiro,
Amansando na roda a bruta argila!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

COLHEITAS DO TEMPO - ( ENTRE QUARTA E QUINTA - 2012/10/10) do livro: (a editar) " PROPENSÕES MUSAIS"

COLHEITAS DO TEMPO


Não deixemos mazelas e maleitas,
Calarem nossasa almas, contrafeitas
Associar ideias - nem que cem
Que quem não perde tempo, tempo tem!

E ele, sempre em doses escorreitas
É uma mais valia- um grande bem
Dando a incorreções, feições eleitas!

Também convém manter-se na razão
Que antes de nosso olhar, ter "apagão"
Haverá que vibrar-se, intensament
Que a gente após findar, nada mais sente...

Nem ardência, prurido ou escaldão,
Nem reumático, gota, ou dor de dente,
Nenhuma boa ou má palpitação.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O FOGO QUE HÁ, EM QUEM AMA ( O POEMA DA SEMANA -2012/10/08) do livro: ( a editar)" PENSAMENTOS (EN)QUADRADOS II"

O FOGO QUE HÁ, EM QUEM AMA


O fogo que há, em quem ama
(E que parece imortal)
Acabará que uma chama
Tem começo e tem final.

E nem mesmo subtis sopros
Pô-la-ão de novo, acesa;
Nem magias, nem escopros
Repor-lhe-ão a subtileza.

Restarão cinzas, carvões,
(Alvas ou negras essências)
Ternuras ou frustrações
Tornadas reminiscências…

Não mais louvor, não mais queixa
Não mais momentos lascívios
E a fogueira sempre deixa
Saudades, senão alívios!