AO POEMA
Sem tua doce presença, poema,
Meu livro, vegeta, em clamor, sem fim;
Triste vive, verdadeiro dilema:
Ora me acusa, de eu não ter um tema,
Ora chora imensamente por mim!...
Em ti, poema, fielmente exponho,
As contas, do meu colar, de mulher;
Tantos lados, do meu lado risonho,
Musas, de grande fantasia e sonho,
Pedaços da minha dor – meu sofrer…
E é por te amar, desta maneira assim,
(Com sentimentalismo, tão profundo)
Que te confesso, as emoções, sem fim,
Causadas, também, cá dentro de mim,
Ante a vida, d’outros mortais do mundo!
Igualmente, por amor, te ofertar,
Deixo-te apagares minh’alma “acesa”,
Pois tu és: a terra, o vento, o mar,
(Tudo o que lhe der, feliz serenar)
E, por isso, te mima, concerteza!
Bem moça, com prazer, te conheci,
Gostei de ti e acabei, por te amar;
Mercê disso, sorri e padeci,
Muitas horas, dormir, não consegui,
P’ra te poder mimar e bem tratar!
Tens-te dotado, de testemunhar,
O então consequente amarelecer,
Deste meu livro (humilde e singular))
Nele, deixo marcas do meu lutar:
– A minha identidade de mulher!
E então, com os mais sadios intentos,
Segredo-te meus bons e maus bocados,
Minha alma, dá p’ra ti, alimentos,
Que são os seus mais nobres sentimentos,
P’la graça de musas, enrendilhados!
Oh caro companheiro, sem defeito,
Contigo, choro, canto, sonho e vibro;
Te amo, como sabes, bem ao meu jeito,
Dedicando-te emoções do meu peito,
Deixadas por estas mãos, no meu livro!
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