terça-feira, 1 de janeiro de 2013

AO POEMA - Poema final, deste blogue - 2013/01/01 - do livro: ( já editado) "ESTRO DE MULHER"

AO POEMA


Sem tua doce presença, poema,
Meu livro, vegeta, em clamor, sem fim;
Triste vive, verdadeiro dilema:
Ora me acusa, de eu não ter um tema,
Ora chora imensamente por mim!...

Em ti, poema, fielmente exponho,
As contas, do meu colar, de mulher;
Tantos lados, do meu lado risonho,
Musas, de grande fantasia e sonho,
Pedaços da minha dor – meu sofrer…

E é por te amar, desta maneira assim,
(Com sentimentalismo, tão profundo)
Que te confesso, as emoções, sem fim,
Causadas, também, cá dentro de mim,
Ante a vida, d’outros mortais do mundo!

Igualmente, por amor, te ofertar,
Deixo-te apagares minh’alma “acesa”,
Pois tu és: a terra, o vento, o mar,
(Tudo o que lhe der, feliz serenar)
E, por isso, te mima, concerteza!

Bem moça, com prazer, te conheci,
Gostei de ti e acabei, por te amar;
Mercê disso, sorri e padeci,
Muitas horas, dormir, não consegui,
P’ra te poder mimar e bem tratar!

Tens-te dotado, de testemunhar,
O então consequente amarelecer,
Deste meu livro (humilde e singular))
Nele, deixo marcas do meu lutar:
­– A minha identidade de mulher!

E então, com os mais sadios intentos,
Segredo-te meus bons e maus bocados,
Minha alma, dá p’ra ti, alimentos,
Que são os seus mais nobres sentimentos,
P’la graça de musas, enrendilhados!

Oh caro companheiro, sem defeito,
Contigo, choro, canto, sonho e vibro;
Te amo, como sabes, bem ao meu jeito,
Dedicando-te emoções do meu peito,
Deixadas por estas mãos, no meu livro!


FIM DESTE BLOGUE

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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

CANDIDATURA DE POESIA - ( O POEMA DA SEMANA2012/12/31) Do livro:(a editar) " DA RÚSTICA MUSA, QUE PASSA"

CANDIDATURA DE POESIA


Não implica ter curso ou um diploma
E nem sequer submete a ter-se “panca”;
P’ra ter-se p’rà poesia a “carta-branca
Convém sentir-lhe amor - como sintoma

– E p’ra com ela haver lidação franca
Basta apenas usar, pátrio idioma. –

Porém por vezes dela o despontar,
Não a garante sempre – um vaticínio;
E do poeta, ascensão ou declínio
Irá de como o “véu” lhe levantar…

– E então, conseguir-lhe-á tanto domínio,
Como anos de empirismo desfrutar! –


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

VOLÚPIA TERREAL ( ENTRE QUARTA E QUINTA- 2012/12/26) do livro: (a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"


VOLÚPIA TERREAL


Bem calçada e de corpo bem vestido,
Cada perfume em uso, bem dileto;
Vibrar perante o vento – se indiscreto –
Sobre o cabelo meu, forte e comprido!

As pálpebras pintar, de azul garrido
E a boca, de um carmim, bem inquieto;
Dar às unhas, o mais cuidado aspeto
Ante uns dedos, com ouro refulgido!

E lá fomento no ego, um festival 
 - Jus a prestar à vida, essa homenagem
E com consciencialismo, assaz conciso:
                             
Da certeza de um prazo terreal
Co’o importe de minha auto engrenagem
De interina assim, neste paraíso!





segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A UM (MEU) RETRATO DE INFÂNCIA - ( O POEMA DA SEMANA- 2012/12/24) do livro: ( a editar) "VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"

A UM (MEU) RETRATO DE INFÂNCIA


Olhando-te oh inocente criatura
Com teu aberto sorriso de encantar
Penso: conheceria, já o sonhar?
Talvez; mas sonhos de singela ventura
Seriam: serenas canções de embalar
Bonecas e brinquedos para brincar!
Com os anos, o sonho se transfigura...
E às vezes em sobressaltado acordar...
Ah sonhos de menina, anais de encantar
Que fostes bem meus sois de pouca dura!




quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

APRAZIMENTO ( ENTRE QUARTA E QUINTA- 2012/12/19) Do livro: ( a editar) " VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA"

APRAZIMENTO


Gosto de pôr os pés em solo firme
Para nos meus senões, causar quebranto;
Banindo algum do próprio desencanto
E contra mais senões, bem prevenir-me

Com meus botões falar, ou mesmo rir-me
Porque isso me relaxa – eu o garanto;
P’ra além de facultar-me avanços de anto
E melhor expressar-me ou reprimir-me.

Trato do meu castelo de ilusões,
– P’ra que não o derrubem frustraçes –
E a bel sonho o enfeito dia a dia;

Pugno para que esteja imune ao vento;
Porque ser-me um importante monumento!
Minha forte razão, de amar poesia!