ESPERA MOCIDADE
Mocidade minha, deixa de correr tanto!
Afrouxa e comigo fica, mais um bocado;
Não abales mais, a minha quimera de anto,
Teu correr lhe tem sido, acanto indesejado…
Meu olhar, já irradia centelhas de pranto,
E meu sorriso, já é mais amarelado….
Valerá noss’alma, ter um frescor de encanto,
Se a par, tivermos, nosso visual cansado?
Ontem te achava lenta, oh que juízo louco,
Uma quimerista, entre nuvens cor-de-rosa,
Julgando ir ter, a vivaz frescura da lua…
Porém, rugas e cãs, me acordam, pouco-a-pouco,
E tu amiga, ante minha prece chorosa,
Prossegues indif’rente, na corrida tua…
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