O FOGO QUE HÁ, EM QUEM AMA
O fogo que há, em quem ama
– E que parece imortal –
Acabará, que uma chama
Tem começo e tem final.
E nem mesmo subtis sopros
Pô-la-ão de novo, acesa;
Nem magias, nem escopros
Repor-lhe-ão a subtileza.
Restarão cinzas, carvões,
– Alvas ou negras essências –
Ternuras ou frustrações
Tornadas reminiscências…
Não mais louvor, não mais queixa,
Momentos negros ou níveos;
E a fogueira sempre deixa
Saudades, senão alívios!
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