quarta-feira, 30 de maio de 2012

A UMA ESTRELA CHAMADA ANA ( ENTRE QUARTA E QUINTA - 2012/05/30) Do livro: (a editar) "PROPENSÕES MUSAIS"


A UMA ESTRELA CHAMADA ANA
 ( Ana Estrela)

Escreve oh Ana Estrela, sempre escreve,
Aos leitores da musa, expõe presença;
Como em aparo tinta, e em corrença
E num ritmo, ora forte ora mais leve…

Isso!...aplica em artigo (longo ou breve)
Pragmática que a todos bem convença;
Daquela que segui-la só compensa,
E como tal, respeito se lhe deve!

Se igual signo, haveríamos de ter
Temos distinto modo de escrever
E somos de dif’rentes graus etários.

Por tal, mais a empatia em nós palpita;
Viva o nosso prazer- comum da escrita!
Vivam os nossos grupos literários!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

À BERNARDETE CAMPOS ( O POEMA DA SEMANA - 2012/05/28) Do livro: (a editar) "DA RÚSTICA MUSA, QUE PASSA"

À BERNARDETE CAMPOS
 – Àquela minha amiga do peito –


Após contrariarmos o calor
À custa do frescor dessa esplanada
– Qual das duas não sei mais fatigada –
Partimos, p’ra ócio bem melhor.

Mais meu soufã, achava acolhedor,
Se eu conseguisse dar-me bem, parada;
Por isso pus-me em breve levantada 
Mercê de intuito em mim, despertador.

Cheguei-me ao escritório co’a ideia
De alguns poemas meus, ante alma cheia
Declamar-te, na tarde desse dia. 

Gostaste e louvaste-me alma e jeito.
Manter-se benquerença, é um direito   
Um viva à amizade! Outro à poesia!


segunda-feira, 21 de maio de 2012

A UMA HONROSA AMIZADE - ( O POEMA DA SEMANA - 2012/05/21 Do livro: ( a editar) "DA RÚSTICA MUSA, QUE PASSA"

A UMA HONROSA AMIZADE
(Cristina Oliveira)

Pelas horas que já lidei contigo
É que pod’rei deveras bem louvar-te;
E por de instinto crer, ou até arte
Que sei bem destrinçar joio, de trigo.

Teu ombro é-me da ideia, poiso-abrigo
– Para meu alter- ego, um estandarte –
E de ti elogio ou sério aparte,
É de amigo, que não empata amigo.

Como tal – em recíproca empatia
Cremos valia, em quem nos elogia
Como até nos fará, censura viva;

Que a nua opinião, é a mais sã
E uma amizade de hoje, p’ra amanhã
Em qualquer situação, sempre cativa.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

O HOMEM COMPLETO - (ENTRE QUARTA E QUINTA2012/05/16) Do livro: ( a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"


O HOMEM COMPLETO


Quer de baixo, de médio ou tamanho disforme
Tu terás sempre a certa, a “enorme estatura”
Se é que em força apostaste, manter a postura
De honrar com humanismo, esse teu uniforme.

Quer tenhas feio rosto, ou deveras conforme
Sempre terás beleza e sempre formosura
Se com o cerne que há em tua formatura
Motivares aquela, que contigo dorme.

Terás assim “altura” e charme – com efeito,
Já que nesse teu músculo, dentro do peito
Há honra, há humanismo e proceder correcto;

Porém, poder-te-ás ‘inda mais alto elevar:
Se é que nada te importa, verem-te chorar,
E então assim, serás o tal homem completo!


segunda-feira, 14 de maio de 2012

A UM INCONSEQUENTE SOLITÁRIO - ( O POEMA DA SEMANA - 2012/05/14) Do livro: (a editar)"ENTRE O ANTO E O ACANTO"

A UM INCONSEQUENTE SOLITÁRIO


Corta em teus desabafos mais vorazes
De quem com um senão, não se resigna
Porque sei bem de fonte fidedigna
Que p’ra teu próprio bem, pouquinho fazes…

Não catapultes mais, pesadas frases,
De quem crê solidão, coisa maligna
Que como tu, quem há que se consigna  
Sem em boa ventura, apostar ases?

Recusa-te a ter autopiedade
Aposta sim na força de vontade
E lembra o que te disse, hoje e aqui;

Que isso será bom trunfo em tua aposta;
Mas cumpre tua própria regra, imposta
De a ninguém estimares, mais que a ti! 
                          

quarta-feira, 9 de maio de 2012

À MULHER QUE SE ESTREIA EM PRANTO - (ENTRE QUARTA E QUINTA - 2012/05/09) Do livro: ( a editar) " ENTRE O ANTO E O ACANTO"


À MULHER QUE SE ESTREIA EM PRANTO


Tu mulher, que no pranto, tens estreia
Saberás quantas mais, há sofredoras?
Se a carga de seu choro, tu ignoras
Então verde mulher, dou-te esta ideia:

Vai a casas da urbe e da aldeia
Crendo-lhes telhas mil, encobridoras;
Algumas então solta, que melhoras
Perante mulher tanta, que pranteia.

O papel da mulher, repensa a fundo,
E que a condição dela, neste mundo
Depende do que a rifa, dita em sorte;

Em muitas, do seu âmago a ementa
Dá para enfastiar, porque tormenta,
É-lhe no dia-a-dia, o “prato-forte”!...


segunda-feira, 7 de maio de 2012

À MULHER PADECENTE DE DOR…(O POEMA DA SEMANA -2012/05/07) do livro: (a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"

À MULHER PADECENTE DE DOR…


Jamais retrates quanto a dor te ardeu,
Protegendo “pertences” com muralha;
Sem repartires deles, nem migalha,
Repartindo (isso sim) o sorrir teu…

Venera o que a existência a bem te deu
Fazendo “alta” fogueira, de “acendalha”;
E acalma-te na perda de batalha,
Se ninguém, grande guerra, te venceu…

Distribui um sorriso e abraço amigo
Deixando se o que for mais teu, contigo
Também, por grãos valores, indo à “liça”;

E a cruz assim – comum a mais mulheres –
Se surgir, quem lhe anule os carateres,
É tua guerra ganha, e com justiça!
                                                            

quarta-feira, 2 de maio de 2012

QUANDO UM MALMEQUER VAI NA ENCHENTE - ( ENTRE QUARTA E QUINTA .2012/05/02) Do livro: (a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"

QUANDO UM MALMEQUER VAI NA ENCHENTE


Que é que te aconteceu, férrea mulher,
Para assim rebentares nesse pranto?
Quem tanto maltratou o malmequer
Que no peito teu, era um puro encanto?

Quem a tua auto-estima, quis tolher
E soro lacrimal, ter alevanto?
Que o rosto te desfeia, ao percorrer
Água, como num rio – e em triste canto?!

Ai ingénua mulher, lembrar-te devo,
Que a felicidade é um pau de sebo
E dominá-lo é coisa virtual...

É que há um sobe e desce – podes crer,
Mas nada mesmo, pode merecer
Da mulher, uma gota lacrimal!