SER POETA
Não basta dar à rima, os rumos ideais!
Usar com rigor o metro, também não basta,
Que ser poeta, é bem mais que isso, muito mais!
É sentir, por vezes, o peso da “ vergasta”
É sentir: raiva, dor, crises de frustração,
Porque a inspiração, muitas vezes é “madrasta”!
É agarrar-se-lhe, fazê-la o seu bordão,
Dourar-lhe o cabo, num resultar de obra-prima,
Que é coisa, que muito sublima sua mão!
É pensar, que para se chegar bem “acima”
Nas “pedras” e nos “cascalhos” da caminhada,
Será mister, muito se desgastar a lima…
É meditar, no mundo, de testa enrugada,
Vê-lo com olhos, alma, paladar e cheiro
Até ficar de nuca a ferver ou gelada…
É não invadir, “pegadas” doutro parceiro,
Mas nos “carris” de suas resmas ir andando,
Por seu próprio pé, em solitário cruzeiro…
É co’o contentamento, se não contentando,
E até, com muitos impossíveis competir,
Tornando-se atlante e cornijas suportando…
Ser poeta é quando o próprio descobrir,
Que sua arte, não é entretém qualquer,
Nem mesmo atributo especial a exibir,
Mas sim, parte da sua razão de viver!
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