segunda-feira, 10 de setembro de 2012

VULCÃO ADORMECIDO, QUE ESTREMUNHA - (O POEMA DA SEMANA- 2012/09/10) Do livro (a editar) "PROPENSÕES MUSAIS"


 VULCÃO ADORMECIDO QUE ESTREMUNHA


O abantesmo penedo acabrunhado,
– Num letargo do género astronómico –
Se a dada altura acorda estremunhado
Põe em pânico o local povoado
Devido a seu rugir de efeito atómico.

Fumega-lhe a cratera – a lenda crível!
Tresanda a enxofre e gás em combustão,
E adivinha-se um certo belo-horrível.
      
A pedra-pomes, salta, em debandada       
– Entre um rugido ou zurrar excedente
E a mista e muito densa fumarada –; 
Enquanto lava em fogo, desregrada
                 Avança, corre, e altera o ambiente.  

              Até que num rugir, feito bocejo
            O vulcão – realizado – eis que adormece
             E a lava é pedra – nasce um lugarejo!


Sem comentários:

Enviar um comentário