DONA DE CASA
A mulher, se videirinha
P’la ordem faz-se regida
Desde a manhã, à noitinha
Sem uma hora perdida.
Bem cedo ergue seu pescoço
Dispondo-se a trabalhar
E após servir o almoço
Toca aos quartos arrumar.
Dos móveis tira a poeira
Lava os vidros com vigor
Para com igual canseira
Usar do aspirador.
Se são batidas onze horas,
À cozinha lá vai ter,
E não se dando a demoras,
Que tem gente p’ra comer.
Louça então amontoada,
Começa então a lavar
P’ra com a noite chegada
De novo a utilizar.
Depois há que lavar roupa
Quer à máquina ou á mão
E ao trabalho não se poupa
Pondo a corda em “figurão”
Se há roupa p’ra remendar
E ser brunida também
Com agulha há pespontar
E com o ferro há vaivém.
Chega a noite e apresenta
À família o jantar
E por vezes nem se senta
Para servir e aviar.
Adormece co’o pensar,
De canseiras, sempre ter
Novos dias a enfrentar
Com muito ter que fazer!
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