segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DONA DE CASA - ( O POEMA DA SEMANA ) Do livro: ( aeditar) "DEAMBULANDO pOR CAMPOS BIOGRÁFICOS"



DONA DE CASA


A mulher, se videirinha
P’la ordem faz-se regida
Desde a manhã, à noitinha
Sem uma hora perdida.

Bem cedo ergue seu pescoço
Dispondo-se a trabalhar
E após servir o almoço
Toca aos quartos arrumar.

Dos móveis tira a poeira
Lava os vidros com vigor
Para com igual canseira
Usar do aspirador.

Se são batidas onze horas,
À cozinha lá vai ter,
E não se dando a demoras,
Que tem gente p’ra comer.

Louça então amontoada,
Começa então a lavar
P’ra com a noite chegada
De novo a utilizar.

Depois há que lavar roupa
Quer à máquina ou á mão
E ao trabalho não se poupa
Pondo a corda em “figurão”

Se há roupa p’ra remendar
E ser brunida também
Com agulha há pespontar
E com o ferro há vaivém.

Chega a noite e apresenta
À família o jantar
E por vezes nem se senta
Para servir e aviar.

Adormece co’o pensar,
De canseiras, sempre ter
Novos dias a enfrentar
Com muito ter que fazer! 

Sem comentários:

Enviar um comentário