DO PALCO AO REAL
Às vezes parece sacro
Parece sacro o amor
Mas pode ser “simulacro”
Saído dum bom actor...
E é tal o empenhamento
(Papel tão comovedor)
Que conquista o sentimento
Do inocente “espectador”
Tem dotes para servi-lo
A palavra, o gesto, o espanto
O olhar de cândido estilo
Valia e talvez encanto
E com os seus lamirés
É visto por água-mel
Tendo quem lhe caia aos pés
Crendo real seu “ papel”
Mas depois de apoteose
(Se o sétimo Céu termina)
P´ró “espectador” em neurose
Há válium e aspirina...
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