O ARTISTA
Lá vai ele, com sua cruz, ao calvário
Por vias, com tanto Rubicão escondido;
Quanto suor, já encharcara, no sudário?
Quanto chorara já? Quanto haverá gemido?
Com a cruz da arte, dará tropeção vário
Porém o caminho andado, far-lhe-á sentido;
E com a cobardia, fechada no armário
Ele não será p’lo desânimo, vencido.
É caminheiro, que sempre mais quer andar,
Seu intento é a plena realização
E que jamais na vida, irá concretizar;
Porque isso é talvez da arte, o maior senão,
E o artista a certo ponto, irá constatar
Que seu intento, só parará no caixão!
Sem comentários:
Enviar um comentário